28 de março de 2011

TESTES DE TRIAGEM NEONATAL

A maioria das crianças vem ao mundo com saúde. Algumas, todavia, nascem com alterações, várias delas só detectáveis através dos testes de triagem neonatal: não são percebidas pela observação dos pais ou pelo exame clínico do pediatra.
 
Através desses testes dezenas de alterações congênitas do recém-nascido podem ser prontamente detectadas. Quando um exame de triagem resulta alterado, outros exames devem ser procedidos para a correta identificação da doença e instituição do tratamento mais apropriado.
 
Crianças cujas alterações não são identificadas logo ao nascimento correm o risco de desenvolver doença incapacitante muito grave, como deficiência mental e cegueira.
 
Os testes de triagem neonatal – que devem ser procedidos nos primeiros dias ou semanas de vida – correspondem a dezenas de exames que são identificados como os testes do pezinho, da orelhinha e do olhinho. 

Testes do Pezinho
 
O teste do pezinho constitui-se um conjunto de exames para detectar precocemente alterações metabólicas, genéticas e infecciosas causadoras de doenças que podem comprometer de forma definitiva a saúde e a vida do bebê.

Quando deve ser feito? – A partir do terceiro dia de vida, preferencialmente junto com os testes do olhinho e da orelhinha e com as vacinações BCG e hepatite B, quando não tiverem sido aplicadas na maternidade.

Porque teste do pezinho? – O exame ficou popularmente conhecido como teste do pezinho por ser realizado com amostras de sangue coletadas do calcanhar do bebê. Constitui-se procedimento seguro, simples, sem riscos para o bebê.

O mais completo – O teste do pezinho master da CLIMEP e Centro de Triagem Neonatal pode identificar mais de trinta diferentes distúrbios. O teste do pezinho master+, que agrega outros quatro exames, constitui-se um dos mais completos do Mundo. De cada seiscentos a oitocentos bebês testados, um apresenta alteração detectada pelo teste do pezinho master.

Teste da Orelhinha

Perdas auditivas ocorrem em três de cada um mil recém-nascidos e algumas crianças que nascem normais desenvolvem deficiência auditiva nos primeiros anos de vida. O Instituto Nacional de Educação de Surdos do MEC e a Força Tarefa para a Prevenção da Deficiência Auditiva na Infância, da Associação Brasileira de Pediatria, recomendam:

- O teste da orelhinha – exame de emissões otoacústicas evocadas – deve ser procedido, sempre que possível, dentro do primeiro mês de vida.

- Em caso de resultado alterado o médico otorrinolaringologista deverá proceder ao exame de potencial evocado auditivo de tronco encefálico - BERA.

- Todo o bebê deve ser avaliado uma vez que na maioria dos casos de surdez não existe fator de risco nem história familiar.

- Criança com alteração da audição deve ser submetida à estimulação iniciada no máximo até os seis meses de idade, com adaptação de prótese auditiva, para garantir a aquisição da fala e da linguagem.

O exame é procedido durante o sono natural sem nenhum desconforto para o bebê, durando cerca de cinco a dez minutos. É absolutamente inócuo.

Teste do Olhinho

Três em cada cem bebês nascem com alguma alteração do aparelho da visão, um terço das quais com catarata congênita. Sem o teste do olhinho cerca da metade dessas crianças terá o problema visual identificado somente na idade pré-escolar ou escolar, com prejuízos para o resto de suas vidas.

O teste do olhinho básico, procedido através da exploração do denominado reflexo vermelho, detecta as doenças oculares congênitas mais freqüentes.

Exame mais abrangente e minucioso constitui-se o teste do olhinho master que, além do exame do reflexo vermelho, inclui um amplo exame oftalmológico especializado e o mapeamento de retina para os bebês prematuros ou com história de infecções congênitas (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose).

O teste do olhinho é um procedimento não invasivo, com duração de cerca de dez minutos, absolutamente inócuo, que pode ser realizado na mesma ocasião dos demais testes de triagem neonatal e das primeiras vacinações. 
   
Fonte: http://www.climep.com.br/

1 de março de 2011

Vacina contra Malária poderá ser lançada em 2015

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e cada uma de suas espécies determina aspectos clínicos diferentes para a enfermidade, é transmitida por mosquitos do gênero Anopheles. Também conhecida como paludismo, a malária é considerada problema de saúde pública, uma vez que está presente em 109 países e territórios e ocorre em quase 50% da população. O Ministério da Saúde aponta dados que estimam que anualmente no continente africano, a doença atinge a letalidade em 1 milhão de vítimas, sendo a maioria delas crianças menores de 5 anos e mulheres grávidas.
No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz menciona que a malária registra por volta de 500 mil casos por ano, principalmente na região amazônica, porém a letalidade é baixa e não chega a 0,1% do número total de enfermos.
Por se constituir em um agravo epidemiológico relevante, a casa farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) desenvolveu uma vacina experimental contra a malária que oferece a crianças africanas uma proteção duradoura, afirma a publicação online do jornal Folha de São Paulo. Dados de um estudo inacabado conduzido pelo Instituto de Pesquisa Médica do Quênia mostram que, apesar de sua eficácia diminuir ao longo do tempo, a vacina oferece 46% de proteção por 15 meses.
A vacina encontra-se em estágio avançado de testes com 16.000 crianças espalhadas por 7 países do território Africano. O período de testes termina em fevereiro desse ano.
O diretor do laboratório GSK Andrew Witty, disse que, se a eficácia da vacina for demonstrada, ela poderá ser licenciada e lançada em 2015 e vendida a um preço acessível a quem mais precisa. Estima-se uma margem de lucro de 5% sobre o custo de fabricação, que seriam reinvestidos em novas vacinas contra a malária e outras doenças negligenciadas.
 
Fontes: Ministério da Saúde, Folha de São Paulo Online, Fundação Oswaldo Cruz