24 de outubro de 2010

IMUNIZAÇÃO

A imunização é um conjunto de métodos terapêuticos destinados a conferir ao organismo um estado de resistência, ou seja, de imunidade, contra determinadas enfermidades infecciosas.
É uma das estratégias de prevenção mais significativas. No mesmo nível de importância, como medida de proteção e promoção à saúde infantil, estão a amamentação, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e o controle - tratamento precoce da diarréia infantil.
As crianças são as que mais sofrem com a caótica situação sócio-econômica de países subdesenvolvidos como o nosso, Brasil. Esta fato reflete-se nos altos índices de mortalidade (em algumas regiões do país) e a formação de contingentes de indivíduos com sequelas físicas, intelectuais psicológicas, decorrentes de doenças preveníveis por esquemas básicos de imunização.
Entretanto a imunização não está isenta de riscos (SCHMITZ et al, 1989):
  • infecção no local da inoculação;
  • transmissão de doenças por meio do produto injetado e contaminação do material empregado na administração;
  • complicação devido a outros composto dos produtos imunizantes (hidróxido de alumínio,...);
  • encefalite pós-vacinal, quando da utilização de antígenos vivos;
  • agravamentos de enfermidades crônicas cardíacas, renais, do sistema nervoso central, entre outras;
  • reações locais gerais: nódulos, edemas, dor ou mal-estar, lipotimia, entre outras;
  • reações de hipersensibilidade;
  • complicações específicas secundárias à natureza e tipos de antígenos ou substâncias fontes de anticorpos.
TIPOS DE IMUNIZAÇÃO
 A imunidade pode ser natural ou adquirida (SCHMITZ et al, 1989):
A imunidade natural compreende mecanismos inespecíficos de defesa de pele, pH, e a imunidade conferida pela mãe através da via transplacentária e pelo leite materno ao recém nascido.
A imunidade adquirida pode ser espontânea, após um processo infeccioso, ou induzida de maneira ativa ou passiva:
  • passiva: administração de anticorpos previamente formados (imunoglobulinas) ou soros hiperimunes. Útil em pacientes com defeito na formação de anticorpos ou imunodeprimidos;
  • ativa: uso de microorganismos vivos atenuados, mortos e componentes inativados de microorganismos.
Contra-Indicações
São consideradas contra-indicações gerais ao uso de vacinas de bactérias ou vírus vivos (SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE SÃO PAULO, 1994):
  • portadores de doenças com deficiências imunitárias, como imunodeficiência combinada à gamaglobulina ou hipogamaglobulina;
  • pacientes com imunodeficiências por defeitos congênitos ou enfermidades ativas do sistema linfóide ou reticuloendotelial (leucemia, linfoma, doença de Hodgkin...);
  • imunodepressão devido a terapia com corticóide sistêmico em altas doses, com antimetabólitos, agentes alquilantes ou irradiação;
  • grávidas, salvo situações de alto risco de exposição a algumas doenças virais imunopreveníveis, como febre amarela, por exemplo.
Com relação a pacientes HIV positivos assintomáticos, poderão receber todas as vacinas do esquema básico; os doentes com AIDS só não poderam receber a BCG.
Há casos em que a vacinação precisa ser somente adiada:
  • tratamento com imunossupressores (corticosteróides, quimioterapia antineoplásica, radioterapia,...), deve-se adiar para 90 dias após a suspensão do uso da substância;
  • durante a evolução de doenças agudas febris graves;
  • não recomenda-se aplicar a BCG em crianças com menos de dois quilos de peso.
Referências Bibliográficas
GUSHIKEN, C.T. & CHAGAS,L.G.C.P. Imunização In: CURSINO,M.R. et al Assistência de Enfermagem em Pediatria. São Paulo: Sarvier, 1992.
MINISTÉRIO DA SAÚDE Manual do Treinando. Brasília, 1991.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Manual da Criança. Campinas, 1996.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO Norma do Programa de Imunização. São Paulo, 1994.

Fonte: http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/vacina.htm

LICENÇA PATERNIDADE

Pelo menos dez projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional discutem a ampliação da licença paternidade. Há propostas que aumentam o direito para até 30 dias, mas o projeto mais avançado e com maior consenso prevê licença remunerada de 15 dias após o nascimento do filho. Ampliação da licença-paternidade A licença para os pais é um direito previsto na Constituição de 1988. O texto deixa claro que se trata de um prazo provisório até que uma lei específica regulamente o direito. Vinte e dois anos depois, o Congresso ainda não aprovou uma lei sobre o assunto. O pediatra Dioclécio Campos Júnior, consultor de Assuntos Legislativos da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirmou que a tendência é de aprovação da ampliação para 15 dias. Segundo ele, diversos municípios e estados já concedem licença desse período para os pais. "15 dias não é suficiente, mas é um avanço dentro do que é possível. É preciso considerar o que é o possível em cada momento das conquistas sociais históricas." A licença que atualmente é de cinco dias era menor antes da promulgação da Constituição. A Consolidação das Leis Trabalhistas, de 1943, previa um dia de afastamento remunerado do decorrer da primeira semana após o nascimento do filho. Dioclécio Campos Júnior diz que a ampliação da licença-paternidade é fundamental para o melhor desenvolvimento das crianças.



Fonte: http://pediatriabrasil.blogspot.com/2010/08/ampliacao-da-licenca-paternidade.html

23 de outubro de 2010

COREN diz que enfermeiro não é capacitado para dispensar paciente

“Rebocotarepia”. Para o presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio (Coren-RJ), Pedro de Jesus Silva, este é o nome que se deve dar ao que a Secretaria municipal de Saúde chama de projeto de acolhimento, feito na porta da emergência do Hospital Souza Aguiar. Segundo ele, não é atribuição de um enfermeiro dispensar pacientes:

— Isso é exercício ilegal da profissão. ‘Rebocoterapia’, ou seja, rebocar o paciente para outro lugar, não tem a ver com a política nacional de humanização do Ministério da Saúde. O acolhimento deve ampliar o acesso dos usuários ao atendimento e não excluí-los.

Fichas de encaminhamento obtidas pelo Sindicato dos Médicos e relatos de pacientes mostram como é feita a triagem na porta da maior emergência do Rio. Com uma prancheta na mão, a enfermeira pergunta ao doente o que ele tem. O que ela classifica como “atendimento ambulatorial” é redirecionado a postos de saúde ou UPAs. Sem encostar no paciente, o profissional também acaba dispensando pessoas em estado grave, como uma mulher que chegou ao CMS Marcolino Candau, no último dia 16 de abril, com sangramento retal intenso e dor.

— A classificação de risco pode e deve ser feita por enfermeiros. Não pode ser técnico ou auxiliar de enfermagem. Mas é preciso que se faça a consulta de enfermagem, com medição de pressão, temperatura e pulsação. Perguntar sobre doenças preexistentes. Não é pegar uma prancheta e perguntar a queixa do paciente na fila. Se não há condições de se implantar o projeto como manda a portaria do ministério, é melhor que não se faça — diz o presidente do Coren.

Segundo Silva, a classificação de risco pode salvar a vida do paciente, direcionando-o ao profissional certo e diminuindo seu tempo no hospital:

— Mas um enfermeiro não é capacitado para dispensar pacientes. Até uma dor de cabeça merece atenção. O paciente pode estar com crise hipertensiva e, se eu o mando embora, ele pode sofrer um AVC (derrame) na esquina.

O secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, explica que a enfermeira é treinada para separar o que é atendimento ambulatorial e casos de emergência:

— Estamos testando processos. O acolhimento já reduziu o tempo de espera e, há seis meses, não temos mais aquela superlotação que se via há anos na emergência

Fonte: http://extra.globo.com/geral/casosdecidade/posts/2010/10/02/coren-diz-que-enfermeiro-nao-capacitado-para-dispensar-paciente-329380.asp

4 de setembro de 2010

Educação Continuada em Enfermagem

Nas instituições hospitalares, a Enfermagem desempenha importante papel na preparação da infra-estrutura para a realização segura e eficaz dos procedimentos médicos e de enfermagem, além de ações assistenciais, orientação e educação preventivas, visando ao autocuidado, facilitando a reintegração social do paciente.

No Brasil, a equipe de enfermagem representa o percentual mais significativo de pessoal, chegando a atingir em alguns casos cerca de 60% nas instituições hospitalares.

A maioria das instituições de saúde tem um setor denominado“educação continuada ou contínua” ou “educação em serviço”que, para desenvolver suas atividades necessita de recursos naturais,financeiros, físicos e, sobretudo, humanos.

A Organização Panamericana de Saúde - OPAS recomenda que um profissional (enfermeiro) seja o coordenador e responsável por este Setor, diretamente envolvido com o atendimento às necessidades de desenvolvimento pessoal e profissional.

A participação dos enfermeiros é essencial, porque eles mantêm contato direto e permanente com a equipe de enfermagem, o que possibilita perceber a realidade e avaliar suas necessidades.

Nos hospitais, a qualidade se impõe da mesma forma como na mundialização dos mercados, no aumento da oferta e na diversificação das tecnologias.

Qualidade no hospital não tem o mesmo sentido que na indústria, onde ela expressa a conformidade de uma peça ou produto a uma norma ou especificação preestabelecida. O hospital, como outras empresas de serviços, está sujeito ao humano, à imprevisibilidade das situações, à particularidade das ocorrências e exigências, o que não invalida as normas, apenas exige maior atenção para observar, escutar, imaginar e antecipar ajustamentos e adaptações. É importante refletir que as instituições hospitalares necessitam ter “uma qualidade melhor”

Nesta tarefa, todos têm sua função e responsabilidades, pois o paciente tem o direito ao diagnóstico e tratamento, administração dos medicamentos, leito e roupas, iluminação e ventilação, alimentação, comunicação, limpeza, técnicas para evitar infecções, por vezes fatais, entre outros serviços, não de qualquer jeito ou como favor, mas como direito e com qualidade. Nos serviços de saúde, os processos educativos visam ao desenvolvimento dos profissionais por uma série de atividades genericamente denominadas de capacitações, treinamentos e cursos emergenciais ou pontuais, estruturados e contínuos.

O saber fazer deve ser um saber fazer bem, que leve em conta os aspectos técnicos, políticos e éticos. Para o profissional de saúde, não basta saber é preciso “articular responsabilidade, liberdade e compromisso”. Nessa direção nos processos educativos é preciso pensar em interação, não apenas entre campos de saberes, mas entre os profissionais das diversas áreas de conhecimento.

Pela reflexão e crítica num trabalho interdisciplinar, é possível construir uma nova consciência da realidade do pensar com a troca, a reciprocidade e a integração entre diferentes áreas, objetivando a resolução de problemas de forma global e abrangente. “A interdisciplinaridade é uma condição para uma educação permanente” que exige mudança de atitude individual e institucional.

Assim, a Educação Continuada é um conjunto de práticas usuais que objetivam mudanças pontuais nos modelos hegemônicos de formação e atenção à saúde. É “um processo que busca proporcionar ao indivíduo a aquisição de conhecimentos, para que ele atinja sua capacidade profissional e desenvolvimento pessoal considerando a realidade institucional e social”

A Educação Permanente tem evoluído em seu conceito e contexto dos sistemas de saúde. Assim trata-se de um processo permanente que promove o desenvolvimento integral dos profissionais do setor, empregando os acontecimentos do trabalho ambiente normal das atividades em saúde e os estudos de problemas reais e do cotidiano e situações mais apropriadas para atingir uma aprendizagem significativa.

As empresas devem buscar a capacitação e o desenvolvimento de seus quadros, pois observa-se que, atualmente nas organizações hospitalares, o contraste entre necessidades e realidade é acentuada. Desse modo, um programa de educação voltado aos profissionais de enfermagem requer um planejamento dinâmico, participativo e interdisciplinar com objetivos definidos, buscando atender diretamente as necessidades da organização e dos profissionais.


Fonte: SILVA, Gizelda Monteiro da and SEIFFERT, Otília Maria L. B.. Educação continuada em enfermagem: uma proposta metodológica. Rev. bras. enferm. [online]. 2009, vol.62, n.3, pp. 362-366. ISSN 0034-7167.


2 de setembro de 2010

Recado do RN em uma UTIN

A importância da Amamentação

Porque proteger a amamentação é importante?
O leite humano é o único alimento capaz de oferecer todos os nutrientes na quantidade exata de que o bebê precisa. Ele garante melhor crescimento e desenvolvimento, não existindo nenhum outro alimento capaz de substituí-lo.
Não acredite em propagandas enganosas. Elas buscam confundir você e convencê-la a substituir a amamentação pela mamadeira.
O que mais o bebê ganha mamando no peito?
Afeto e saúde. O ato de amamentar é o primeiro momento de carinho entre mãe e filho. Além disso, quando amamentado, o bebê recebe proteção contra infecções, alergias e outras doenças.
Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes bonitos, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.
Como amamentar?
• A mãe deve dar o peito ao seu filho sempre que ele pedir. O bebê não tem horário para mamar, tem seu próprio ritmo, que deve ser respeitado. Ele deve mamar até que fique satisfeito. É importante que ele esvazie bem uma mama antes de passar para a outra mama.
• Leite do final da mamada tem mais gordura e por isso mata a fome do bebê e faz que ele ganhe mais peso
*Procure criar condições que sejam simultaneamente relaxantes para si e para o seu bebê. Coloque ambos na posição mais confortável possível.
*Para o êxito da amamentação é imprescindível uma posição correta que será alcançada através da técnica de amamentação, que consiste nos seguintes passos:
1. Coloque o seio na boca do bebê;
2. Toque o mamilo no lábio inferior do bebê. O bebê abre a boca;
3. Coloque não apenas o mamilo, mas o máximo possível da aréola na boca do bebê;
4. Rápida e firmemente puxe a cabeça do bebê para a mama.
Sinais de uma pega correta:
- A boca do bebê está muito aberta e ele tem uma grande porção de mama dentro da boca (lembre-se que amamentar é “dar o peito”, não é dar apenas o mamilo);
- O queixo está a tocar na mama;
- O lábio inferior está enrolado para trás;
- Se existir aréola visível, mais quantidade é visível acima do lábio superior do que abaixo do lábio inferior.
Que vantagens a amamentação traz para a mãe?
A amamentação traz também vantagens para a mãe. O sangramento pós-parto diminui, assim como as chances de desenvolver anemia, câncer de mama e diabetes. A mulher que amamenta perde mais rapidamente o peso que ganhou durante a gravidez.
Como saber se o leite do peito está sendo o suficiente para o bebê?
1. Você pode ficar tranqüila se o bebê:
• Ficar satisfeito depois das mamadas.
• Urinar várias vezes ao dia.
• Ganhar peso e crescer bem
2. Dicas úteis para uma boa amamentação:
• A cor do leite pode variar, mas ele nunca é fraco.
• Evite bebidas alcoólicas, fumo e drogas.
• A mãe que tiver excesso de leite pode doá-lo a um Banco de Leite Humano e ajudar outros bebês que precisam.
NÃO SE ESQUEÇA:
Os bebês costumam mamar com muita freqüência, principalmente nos primeiros meses. Isso é normal.
"A amamentação é um processo natural e a melhor forma de alimentar, proteger e amar o seu bebê."

Fonte: http://www.sbp.com.br/img/campanha/folder%20alterado.pdf